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REVOLUÇÃO 4.0 "Uma nova forma de estruturar a inovação nas empresas".
10 FEV 2020
"O estudo Uma Nova Arquitetura da Inovação Empresarial em Portugal, realizado em parceria pela Cotec e EY, põe a inovação no lugar central da estratégia corporativa.
A inovação não é algo abstrato mas o catalisador da estratégia corporativa de uma empresa. É esta a pedra basilar da arquitetura da inovação, que promove uma abordagem estruturada ao tema nas organizações. “A inovação deve ser entendida como a capacidade que as empresas têm de continuamente se adaptarem a novos ambientes competitivos criando valor para stakeholders internos e externos”, afirma Pedro Carvalhas Coutinho, principal EY-Parthenon da EY, consultora que em conjunto com a Cotec realizou o estudo Uma Nova Arquitetura da Inovação Empresarial em Portugal.
Para Pedro Carvalhas Coutinho é determinante que a inovação seja vista como uma competência. Neste contexto, a arquitetura da inovação apresenta-se como um referencial utilizado para balizar os esforços feitos pelas empresas, bem como “as lições aprendidas de como ativar uma competência de inovação”. A arquitetura da inovação pode dividir-se em três camadas principais: estratégia de inovação, práticas de inovação (o caminho para chegar ao objetivo desejado), e por último, o que o estudo realizado pela EY e pela Cotec define como blocos de suporte (que incluem, entre outros, as métricas e indicadores, plataformas de suporte, a estrutura de governança e as redes de inovação), essenciais para ativar e fazer acontecer o caminho traçado. “A pirâmide é desenhada de cima para baixo e acontece de baixo para cima. Posso ter uma visão muito clara, mas se não tiver a estrutura interna ou não dar a formação de competências adicionais que os colaboradores têm de ter, isso de nada serve. E o contrário também é válido: posso ter a máquina toda muito bem preparada mas se não tiver o caminho bem definido ou um ponto para chegar, de pouco adianta”, assume o responsável da EY, para quem é crucial que, ao nível da estratégia, a inovação seja vista como um ativador da estratégia corporativa. “E isso passa por definir um ponto de vista prioritário o que serão a oito ou nove anos os eixos de desenvolvimento do negócio, bem como identificar os diferentes desafios que eu vou percorrer em cada eixo”.
Contudo, para que esta visão resulte é necessário combater os mitos associados à inovação que ainda subsistem no tecido empresarial português. “Há ideia de que a inovação é abstrata, quando é exatamente o contrário. Outro mito muito frequente é o de que a inovação não pode ser aprendida e está reservada a quem teve a sorte de ter ficado em Silicon Valley”, diz Pedro Carvalhas Moutinho. Contudo, o mito mais difícil de ultrapassar é o de que a inovação parte de uma nova ideia. “Isso pode fazer sentido mas dentro de uma arquitetura, que passa sempre de forma estruturada pela minha estratégia de negócio e não de uma inspiração de alguém”, frisa o responsável da EY.
Theia e inovação