2017: o ano do desafio para as empresas familiares

05 MAI 2017

           Se 2016 foi um ano complicado para muitas empresas pelas turbulências políticas e diversas crises ao longo dos meses, 2017 ainda pode trazer um cenário ainda mais inquieto. Este ano que se inicia será mais desafiador e ajudará a forjar a resiliência das empresas que estiverem preparadas para cenários ainda incertos - pelo menos até a metade do ano.

            Esta é a análise de Eduardo Valério, Diretor-presidente da JValério, associada à Fundação Dom Cabral, após conversar com diversos presidentes de empresas familiares:

            “Pelo que estamos observando junto ao empresariado o ano de 2017 terá um   primeiro semestre bastante desafiador, talvez ainda maior que 2016, ficando o            segundo semestre com uma pequena melhora. Claro que esta visão é     generalista pois, há setores que continuarão com a trajetória de crescimento.”

            Para o especialista, o ano passado deixou diversas lições para as empresas familiares e cabe à cada uma delas assimilar essas informações: “Todas as empresas, familiares ou não, aprenderam muito, afinal se há algum legado em tempos de crise este legado é o do aprendizado. Podemos destacar a volta ao básico, ou seja, foco na redução sistemática de custos e despesas, maximização da mão de obra, automação, conservadorismo com o caixa e ciclo operacional. Melhoria expressiva na análise de novos investimentos, por exemplo.”

            Outro fator importante, que ficou como legado de 2016 para as empresas familiares, é a importância de se ter uma gestão forte e mais atuante. Eduardo explica que cada vez mais os processo e modelos de Governança Corporativa estão presentes na agenda da empresa familiar, seja através do “despertar interno”ou através de consultorias, de cursos e programas voltados a este tema: “O tema Governança Corporativa definitivamente está na relação das prioridades para os próximos anos.” confirma Eduardo Valério.